quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Plano precisa-se

Perante a indignação e realmente o sacrifício pedido aos portugueses, houve uma reacção dos relativamente jovens que foi inovadora.

Cantar o "Grândola Vila Morena" cada vez que um membro do governo intervém publicamente.

Uma vez que até agora as manifestações não têm a adesão que a oposição queria, agora é uma intervenção directa aos jornalistas.

Os jornalistas encantados, têm noticia para dar, que repetem vezes sem conta e os organizadores desta inovação sentem-se realizados.

O problema desta nova forma de protesto é que não é racional e muito menos democrática.  É um abuso da liberdade de cada um.

A liberdade só é liberdade enquanto não prejudica outro.  Esta forma de protestar é de alguém que no fundo tem uma forma de ver a democracia distorcida e pouco civilizada.

As pessoas que fazem protestos destes, sabem que nos países que seguem politicas que eles defendem, nunca permitiriam que acontecessem estes protestos.  A policia militar trataria logo do assunto.

Educaram o povo a que tinha o direito a tudo.  
Os jovens pensavam que tinham direito a tudo.
O povo perdeu a noção de ter que lutar pelo que precisa.  

Assim alguns protestam em jeito saudoso de saberem o que os pais lhes contam do 25 de Abril.

O problema de grandes protestos é que também cria a imagem de um país instável e inseguro o que vai gerar no mundo uma ideia de uns país instável e pouca confiança.  O turismo é essencial para nós.

Com jornalistas destes a trabalhar contra a imagem do nosso país não precisamos de mais concorrência no turismo.  Os jornalistas dão cabo da imagem do país.  O que eles dizem de uma forma gratuita e inresponsável só para ser notícia é passada para o estrangeiro e aproveitada por quem quer denegrir o nosso país.


Existe um drama para lá do económico que é o drama Social, todos tinham direitos e poucos ou nenhuns deveres.

As crianças foram educadas a serem príncipes e princesas e que os pais trabalhavam muito para poderem comprar brinquedos.  Os pais trabalhavam muito para eles terem um futuro melhor.  Eles eram sempre coitadinhos e portanto cresceram que tudo aparecia porque eles tinham direito.

Acabaram com as escolas industriais no 25 de Abril e isso foi dos maiores erros que se cometeram.

Os que não estudaram para cursos superiores, raros estão aptos a tornarem-se pessoas úteis com habilidades e mão de obra necessária à sociedade.

É ver que os novos querem logo substituir as peças ou mesmo o que está avariado por um novo, enquanto que alguém com mais de 50 e tal anos arranja soluções sem ter substituir e portanto mais económico.

O subsidio mínimo tirou a força de lutar a muitos. Habituaram-se que iam para o fundo do desemprego e depois logo se via e se não arranjavam algum trabalho eram vitimas.

Uns foram educados a que se tivessem boas médias teriam um curso superior e isso era garantia uma carreira para toda a vida. Por vezes tiravam cursos que à partida sabia-se que não teriam grande coisa para fazer mas como era superior era importante.
 Agora por mais especializações não conseguem trabalhos e estão infelizes.
Outros fizeram tudo bem com bons cursos e boas médias e estão na mesma sem futuro à vista.

Agora a realidade que se criou pós 25 de Abril em que todos tinham direitos e nada de deveres foi abaixo.

Como o português está habituado a que tudo seja um direito, acham que para ir às manifestações como não recebem nada em troca não vão.

Educaram o povo a ter contrapartidas e portanto até agora não conseguiram que fossem protestar de graça.

A maior parte dos pequenos protestos só têm pessoas dos sindicatos e alguns desequilibrados que falam logo em assassinos etc.

Até para mobilizar o povo está difícil porque o povo não vê o que ganha logo em troca por ir protestar.

Tudo serve para indignação, até quando andam à pedrada à policia acham injusto a policia de choque ir atrás deles asseguir.

A crise europeia ainda complica mais e portanto a sensação é de impotência e os políticos que deviam orientar o país estão desorientados.

Ninguém fala num rumo concreto nem a direita nem a esquerda.  
Criticar é fácil e dar um ar indignado também mas um plano viável, equilibrado  é necessário.

Agora que o choque do estado do país já é uma realidade agora é preciso que os politicos saibam o que estão a fazer e não só dar ar.  O governo tem feito alguns erros mas não são os desorientados do Seguro e do Costa que conseguiremos algum tino neste país.

O PS vive de imagem. O PCP e Bloco de esquerda usam métodos radicais o que torna impossível confiar e portanto deve ser uma equipa de todos os partidos, para equilibrar e tornar mais racional as medidas que adotarem.

Até lá é essencial:
que a justiça seja mesmo restruturada,
que a saúde se mantenha acessível a todos,
que a educação seja adequada às necessidades do futuro,
que os impostos baixem e tornem viável gerar trabalho através da agricultura, industria clássica e tecnológica.

Um plano, um rumo é necessário!!!


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