Perante a indignação e realmente o sacrifício pedido aos portugueses, houve uma reacção dos relativamente jovens que foi inovadora.
Cantar o "Grândola Vila Morena" cada vez que um membro do governo intervém publicamente.
Uma vez que até agora as manifestações não têm a adesão que a oposição queria, agora é uma intervenção directa aos jornalistas.
Os jornalistas encantados, têm noticia para dar, que repetem vezes sem conta e os organizadores desta inovação sentem-se realizados.
O problema desta nova forma de protesto é que não é racional e muito menos democrática. É um abuso da liberdade de cada um.
A liberdade só é liberdade enquanto não prejudica outro. Esta forma de protestar é de alguém que no fundo tem uma forma de ver a democracia distorcida e pouco civilizada.
As pessoas que fazem protestos destes, sabem que nos países que seguem politicas que eles defendem, nunca permitiriam que acontecessem estes protestos. A policia militar trataria logo do assunto.
Educaram o povo a que tinha o direito a tudo.
Os jovens pensavam que tinham direito a tudo.
O povo perdeu a noção de ter que lutar pelo que precisa.
Assim alguns protestam em jeito saudoso de saberem o que os pais lhes contam do 25 de Abril.
O problema de grandes protestos é que também cria a imagem de um país instável e inseguro o que vai gerar no mundo uma ideia de uns país instável e pouca confiança. O turismo é essencial para nós.
Com jornalistas destes a trabalhar contra a imagem do nosso país não precisamos de mais concorrência no turismo. Os jornalistas dão cabo da imagem do país. O que eles dizem de uma forma gratuita e inresponsável só para ser notícia é passada para o estrangeiro e aproveitada por quem quer denegrir o nosso país.
Existe um drama para lá do económico que é o drama Social, todos tinham direitos e poucos ou nenhuns deveres.
As crianças foram educadas a serem príncipes e princesas e que os pais trabalhavam muito para poderem comprar brinquedos. Os pais trabalhavam muito para eles terem um futuro melhor. Eles eram sempre coitadinhos e portanto cresceram que tudo aparecia porque eles tinham direito.
Acabaram com as escolas industriais no 25 de Abril e isso foi dos maiores erros que se cometeram.
Os que não estudaram para cursos superiores, raros estão aptos a tornarem-se pessoas úteis com habilidades e mão de obra necessária à sociedade.
É ver que os novos querem logo substituir as peças ou mesmo o que está avariado por um novo, enquanto que alguém com mais de 50 e tal anos arranja soluções sem ter substituir e portanto mais económico.
O subsidio mínimo tirou a força de lutar a muitos. Habituaram-se que iam para o fundo do desemprego e depois logo se via e se não arranjavam algum trabalho eram vitimas.
Uns foram educados a que se tivessem boas médias teriam um curso superior e isso era garantia uma carreira para toda a vida. Por vezes tiravam cursos que à partida sabia-se que não teriam grande coisa para fazer mas como era superior era importante.
Agora por mais especializações não conseguem trabalhos e estão infelizes.
Outros fizeram tudo bem com bons cursos e boas médias e estão na mesma sem futuro à vista.
Agora a realidade que se criou pós 25 de Abril em que todos tinham direitos e nada de deveres foi abaixo.
Como o português está habituado a que tudo seja um direito, acham que para ir às manifestações como não recebem nada em troca não vão.
Educaram o povo a ter contrapartidas e portanto até agora não conseguiram que fossem protestar de graça.
A maior parte dos pequenos protestos só têm pessoas dos sindicatos e alguns desequilibrados que falam logo em assassinos etc.
Até para mobilizar o povo está difícil porque o povo não vê o que ganha logo em troca por ir protestar.
Tudo serve para indignação, até quando andam à pedrada à policia acham injusto a policia de choque ir atrás deles asseguir.
A crise europeia ainda complica mais e portanto a sensação é de impotência e os políticos que deviam orientar o país estão desorientados.
Ninguém fala num rumo concreto nem a direita nem a esquerda.
Criticar é fácil e dar um ar indignado também mas um plano viável, equilibrado é necessário.
Agora que o choque do estado do país já é uma realidade agora é preciso que os politicos saibam o que estão a fazer e não só dar ar. O governo tem feito alguns erros mas não são os desorientados do Seguro e do Costa que conseguiremos algum tino neste país.
O PS vive de imagem. O PCP e Bloco de esquerda usam métodos radicais o que torna impossível confiar e portanto deve ser uma equipa de todos os partidos, para equilibrar e tornar mais racional as medidas que adotarem.
Até lá é essencial:
que a justiça seja mesmo restruturada,
que a saúde se mantenha acessível a todos,
que a educação seja adequada às necessidades do futuro,
que os impostos baixem e tornem viável gerar trabalho através da agricultura, industria clássica e tecnológica.
Um plano, um rumo é necessário!!!