quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Uma contradição


Não, não vou falar de António Costa, nem de Seguro em particular, já falei noutros dias e pelos visto tinha razão.

O assunto é com a esquerda em geral.

No 25 de Abril aconteceu um processo de despedimento com perseguições e no fundo  houve muitos despedimentos. Trataram-se os trabalhadores de uma forma discriminatória.  Não eram as qualificações, não era se eram necessários ou não, nem sabiam muitas vezes como eram as pessoas que despediram mas fizeram sem pensar o que ia ser deles.  Achavam que eram fascistas e pronto eram despedidos sem mais nada, normalmente na hora.

São agora os que no 25 de Abril:
- aprovaram os despedimentos nas empresas nacionalizadas e nas próprias instituições do estado e na RTP etc, sem qualquer cuidado e não havendo subsídios de nada,
- aceitaram e ordenaram despedimentos que não tinham nada a ver com as capacidades de trabalho,
- que tomaram conta das propriedades agrícolas e as destruíram,
- que tiveram oportunidade para que industrias que estavam montadas tivessem ótimos resultados e não o fizeram.

São estas pessoas que agora ajudam e apoiam os trabalhadores a fazer greves, e não aceitam qualquer despedimento mesmo que estes tenham indeminizações e subsidio de desemprego.

São estas pessoas que se indignam por tentar recuperar a credibilidade do país, perdida.

Não se percebe o que querem, numa altura, acham muito bem perseguir, despedir e tomar conta de empresas e propriedades que não são deles. Noutras alturas despedir porque não há trabalho para dar aos trabalhadores já é uma injustiça social.  Assim as manifestações e greves vão variando nos argumentos mas é sempre o mesmo.

Os que com o 25 de Abril conseguiram "vingar na vida", com casas próprias e casas de verão, até em zonas nobres que não estavam acessíveis a todos os que quisessem aí construir, já não querem confusões.  

Os outros continuam com raivas e problemas que transmitem a quem pouco tem e encaminham-nos para estes se sentirem mais miseráveis do que são.

A esquerda portuguesa para defender o povo procura ser sempre com o argumento do coitadinho.  São os primeiros a humilhar os mais fracos e a definhá-los, para dar um ar protetor e dar um ar que fazem alguma coisa de útil por eles.

É preciso mudar a forma dos defender, é sempre preciso defender os mais fracos mas as greves e manifestações, não são a solução.  Os sindicatos deviam arranjar outras formas de ajudar os seus sindicalistas.

Estamos no séc.XXI era bom e esperemos que aconteça mesmo, que haja mudanças e com um povo mais culto do que antigamente, seja mais fácil o progresso neste país que tanto precisa orientação que não seja pela raiva mas sim pela razão.

Tenho esperança na geração que entre os 20 anos e os 30 anos que estão bem preparados mas não estão a ter oportunidades, que venham a ganhar força e todas as estruturas hierárquicas que sejam necessárias serão diferentes.

Os trabalhos e cargos serão atribuídos pela eficiência e capacidade curricular e apenas através das qualidades de cada um.  Nem cunhas, nem a cor politica terá peso perante as capacidades de cada pessoa.

Tenho esperança!