segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Será Instituto do emprego ou desemprego?

Os centros de emprego para mim são uma incógnita, como é que se gasta tanto dinheiro nesta área?

Imensa gente se queixa como os centros de emprego funcionam mas não se vê alterações que melhorem o seu funcionamento.

Os empresários queixam-se que quando querem mão-de-obra contactam o centro de emprego, o qual muitas vezes não têm ninguém para mandar ou vão pessoas às entrevistas que só querem comprovativos para o centro de emprego.

Não percebo porque existem tantos centros de emprego à tantos anos.  As rendas das lojas e edifícios o número de trabalhadores etc. 

Qual a rentabilidade desta máquina tão pesada e tão burocrata?

Como não há restruturação nesta área?

Tanta gente nas filas, dá ideia que tudo funciona num ritmo sem qualquer preocupação em ter bons resultados.

Ninguém se questiona da forma e o funcionamento deste Instituto? Compensa como anda a funcionar?

Se reduzem centros de saúde, hospitais (mais vitais) com não simplificar este sistema que é arcaico.

Gostava de saber mesmo antes desta crise qual era a percentagem de sucesso de cada funcionário do centro de emprego em conseguir empregar pessoas que os procuravam.

Não compreendo tantos custos muito mais nesta altura.

Será que continuam as despesas sem perceber que o instituto também deve pensar em funcionar melhor e preparar-se para a pressão que vai ter com o desemprego a subir como está.

Claro que depois podem ter sempre a desculpa que não estavam preparados para a pressão de tanto desemprego.  E que não existe oferta de emprego.

Por isso é que toda a oferta de emprego mesmo que escassa tem que ser bem aproveitada e tratada.

A história dos recortes de jornais que os desempregados tinham ou têm que recortar dos jornais para comprovar que andam à procura, é absurda.

1º Se estou desempregado não quero ou já não posso gastar dinheiro em jornais
2º Levar o recorte não quer dizer nada de especial
3º  Ao menos o centro de emprego aproveita a informação dos recortes para outros desempregados que apareçam no centro de emprego.  É que ainda se fosse uma forma de recolher informação para uma base de dados a que todos os inscritos no fundo do desemprego tivessem acesso... já tinha alguma função.

O problema é que era crucial que fossem melhores do que antes e se preparassem, senão mais vale fechar.

A resposta para os centros de emprego/desemprego era simplificar.

1- Tal como temos um código para irmos saber dos nossos impostos, todos os que se inscrevem poderiam ter um código para comunicar com o centro de emprego e receber informação ou tirar alguma dúvida.

2 - Em vez de guichés haveria uma espécie de call center para todo o país de chamada gratuita (com empregados dos centros que fechassem).  Por vezes com um telefonema dando o código poderia resolver-
se muita coisa sem ter que ir ao centro, já existem imensos serviços assim por exemplo as seguradoras.

3 - Haveria uma base de dados com todas as ofertas de emprego existentes no país que estariam bem organizadas em que cada um inscrito com o seu código de acesso poderia aceder.

4 - Essa base de dados poderia ser feita com um acordo entre jornais e agências de emprego para se centralizar o acesso.  Claro que a fonte que teria fornecido a informação teria uma comparticipação negociada de forma a também ter vantagem em difundir a sua carteira de anúncios ao centro de emprego.  A comparticipação claro que não seria para haver abusos (talvez pelo numero de cliks ou uma mensalidade séria e responsável).

5 - Tal como se faz uma recolha das noticias poderia ser feito para os anúncios de emprego e assim o desempregado teria acesso mais rapidamente e em todo o país.

6 - Reduziria a necessidade de se apresentarem nos centros de emprego porque ficaria um registo de cada vez que o número do desempregado tinha consultado o centro de emprego etc.

 Isto é, tenho dúvidas da base de dados actual sobre empregos disponíveis, dos centros de emprego,

Para mim se calhar tal como os CTT distribuem as reformas talvez devessem passar a ter um guiché do fundo do desemprego para dar os subsídios do rendimento minimo e tratar das inscrições.


Em muitas terras os guichés passariam a ser dentro dos correios e estariam alguns computadores disponíveis para as pessoas poderem aceder à internet.  Também estaria um empregado para poder dar toda a assistência a quem tivesse dificuldade ou não soubesse funcionar com computadores.

Nos correios o empregado que distribui o subsidio também pode ajudar a ver os classificados e ver quais as ofertas de emprego que as pessoas que os procuram podem concorrer.

Com a evolução do desemprego entre os jovens e muitas vezes bem qualificados esta poderia ser uma solução mais económica e menos desgastante para os desempregados.

O desempregado pouparia nos jornais, transportes, no tempo gasto e teria acesso a uma informação muito mais completa sobre o mercado de trabalho.

O instituto poderia reduzir os custos das rendas de vários edifícios e lojas e passaria a ter um serviço mais global e organizado.

Se eu fosse desempregada gostaria de poder ir a um computador e com um código poder aceder ao meu processo e ter uma boa base de dados de possíveis anúncios de emprego (com mais certeza que estou a procurar no melhor sitio) logo à mão para me orientar.

A procura de emprego para alguém que está inscrito no fundo de desemprego não deve ser um trabalho como procurar casa pelas agências todas que existem do país ou em jornais informação completamente dispersa.

Mais agora com tanta gente a precisar de ajuda, é necessário que haja uma resposta a fornecer e tornar mais ágil o acesso dos desempregados à informação.  Acho que seria bom até para o moral saberem que têm acesso à oferta existente de trabalho centralizada e disponível rapidamente.

Talvez até alguns serviços como ajudar as pessoas nos correios a aceder ao computador poderia ser feito por voluntários que soubessem movimentar-se na internet e o empregado do centro de emprego nos correios seria só para as situações especificas.

Enfim mais uma tentativa para responder a um porquê meu.  
Cada vez que vejo as contas apresentadas do Instituto do emprego e depois as filas que se vêem na televisão junto aos centros de emprego pergunto porquê assim?


Um comentário:

Anônimo disse...

Grande ponto: anda meio mundo a enganar o outro! Em termos gerais, pode aplicar-se a muitos desempregados e a muitos empregados do Instituto do Emprego. Uns fingem que andam à procura de emprego e outros fingem que trabalham com utilidade social.
Excelentes ideias: é só mostrar como se deve fazer.