quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Baralhar e voltar a dar?

Nas empresas um bom departamento de recursos humanos procura que as pessoas que trabalham na organização, estejam adequadas ao trabalho que fazem.    

Um Gestor de pessoal competente juntamente com os responsáveis de cada direção, procuram que dentro do possível haja um equilíbrio entre a satisfação da empresa e a satisfação do empregado.

No estado isto, a maior parte das vezes não acontece.  A maior motivação é estar incluído no quadro da função pública e só depois se conseguirem, fazer um trabalho razoável.

Os recursos humanos não devem ser um sector de burocracia que só trata das baixas ou faz favores aos preferidos.  Deve ser isento.

Porque não em cada ministério e empresas do estado antes de despedir, fazer um levantamento dos recursos humanos que existem não só em número mas nas capacidades e motivações que existem em cada grupo, e procurar seriamente colocar e recolocar os empregados adequando a satisfação para ambos os lados.

Muitas vezes existem serviços que falta pessoal e outros com pessoal a mais.

É preciso que antes de despedir haja um género de recursos humanos que interligue todos os sectores para que não sejam desperdiçados recursos humanos e que não vão para a rua podendo serem colocados noutro cargo equivalente ao deles.

Não é preciso criar comissões, é preciso trabalhar com o que têm e rapidamente.
Quando quiserem despedir que não seja ao calhas, e que exista algum critério com fundamento.

Que os departamentos fiquem racionalmente mais organizados e bem estruturados.
Já que querem restruturar que seja a sério e eficazmente, para que o povo compreenda que haja melhorias.

Por isso sim, é preciso baralhar e voltar a dar e só depois ver se sobram "cartas".


4 comentários:

Anônimo disse...

Like :)
***

O.

Tatis disse...

Obrigada!

Anônimo disse...

Cara Tatis,
tocou um ponto em que posso concordar consigo: a principal motivação é a satisfação individual do funcionário. Toda a função pública está organizada, orientada e dirigida para esse interesse privado geral, apenas comum aos funcionários. Os horários das escolas em função dos docentes, a distribuição pelos serviços idem idem. O embaraçoso regime de pensões dos funcionários, antecipações de reforma, sua contagem, cálculo aliado à esperança média de vida. Tudo muito, mas muito pouco sério.

Porventura, não precisamos nada de uma boa parte deles que fazem coisas que não são precisas...a não ser para eles terem um emprego. Infelizmente, para muitos deles (e para nós que temos que os pagar) eles não tem qualquer utilidade real (não daquelas inventadas) para a sociedade. Quando vamos acabar com a hipocrisia e ver que temos quem não precisamos e não temos quem precisamos: baralhar e voltar a dar não vai chegar. Nem vejo o porquê do privilégio de ter direito a ser escolhido só porque já se estava ao serviço, que afinal não era necessário. Mais mobilidade e dar oportunidade a outros: igualdade de acesso, etc.. O professores ensinam, mas os alunos não aprendem; os funcionários servem, mas os cidadãos não são servidos. Qual é o mistério? Eles no seu conjunto não têm esse propósito. É a maior e mais gigantesca parceria público privada (PPP): cada funcionário é também um privado; toda a despesa pública com ele é uma receita privada;
Por isso, primeiro vai ser preciso reduzir o seu número mesmo ao absolutamente necessário, correndo o risco de cometer alguns excessos aqui e ali. já toda a gente percebeu que há um momento em que a asneira se agiganta e as pessoas viram mesmo números. E agora: ainda se lembram dos preocupados com as pessoas? sempre a pensar nos outros, não é? sempre o interesse público-PRIVADO...
A gigantesca mal vontade e falta de cooperação que gera tremendas ineficiências em nosso País tem uma das suas fontes no excesso de protecção dos trabalhadores da função pública que se justificam pelo mero facto de existirem enquanto tais. Se tivesse que provar e justificar a sua existência laboral como qualquer simples mortal, garanto que as coisas seriam diferentes. É natureza humana: o medo é a mãe da moral, dizia Nietzche. Quero dizer andavam sem receio e sem medo e abusaram à grande, anos a fio. Alguém tem dúvidas?
Como não quiseram os estimulos corretos, que seria razoável e moderado, agora vai ter de ser à bruta. Um choque! Uma pena! E não seria necessário se não tivesse os enormes abusos de entrada de magotes desnecessários na função pública.
Para nosso mal vão querer resistir o mais possível. Vai haver várias técnicas: uma delas a exigência de baralhar e voltar a dar: como se por milagre estivessem na função pública as pessoas que precisamos para fazer funcionar um estado inteligente e estratégico que nos proteja neste mar agitado da globalização; outra vai ser: primeiro é preciso definir as funções do Estado. Essa fase já foi, já era. Não fizeram no tempo possível, rompeu, acabou. Temos pena, já é claro que não precisamos deste Estado nem desta função pública. Qualquer coisa é melhor: queremos é um tipo de estado diferente (já não é um problema de funções). Tudo menso isto; esta cumplicidade silenciosa e muda de tudo o que poe em causa esta gigantesca coligação de interesses privados de funcionários a coberto do interesse público.
Pois é Tatis, você aí está sendo um pouco ingénua, mas por outro lado realista: você identificou primeira tática de diversão para manter tudo como está.
Os credores é que não vão querer pagar isso, não lhe parece?
abc e bjs, parabéns pelo excelente tema (como viu me entusiasmei)

Tatis disse...

Fico muito contente que fale assim, eu tentei ser moderada. E sei também que tem que ser à bruta. O problema é que estas pessoas habituaram-se que só tinham direitos e não tinham deveres.
O problema é que há bruta eles não vão compreender, que tinham obrigações que falharam, isso só vai gerar revolta e não constrói, só destrói.
Gostei imenso da sua comparação às PPP(s).
Gostava que o povo português não fosse tão preguiçoso e não adiasse os problemas.
Nínguém pode ser rigoroso. Nínguém pode querer que se siga um plano. Ninguém pode obrigar a que sejam cumpridas as obrigações etc.
A minha questão passa por, quando castiga uma criança que se portou mal, se o castigo não é for bem aplicado ela não percebe e fica revoltada. Aqui a ideia era ver se o povo português percebia que o problema não era de quem tinha castigado e como, mas sim, o que eles tinham feito para estar nessa situação.
Acho fantástico como agora a revolta é contra a Alemanha e não para quem nos enganou a dizer que estava tudo bem e que não havia crise.
Uma das razões que eu disse que não criassem comissões é por saber que o que eu disse podia ser motivo para adiar o problema. O que me irrita é uns pagarem pelos outros.
Muito obrigada.