quinta-feira, 7 de março de 2013

Casa sim, Casa não? filhos / divórcio


Quando era pequena o divórcio não era permitido em Portugal nem era bem visto quem se quisesse separar.  Era realmente em casos extremos que acontecia na generalidade a separação.

Asseguir ao 25 de Abril os casais poderam-se separar e assistiu-se a uma completa mudança da sociedade.
Nas escolas hoje em dia é mais raro crianças com os dois pais casados no 1º casamento do que todo uma variedade de casos. 

pais divorciados
pais em segundos casamentos com filhos anteriores pelo menos um deles
pais que não casaram
mães que não chegaram a casar

Enfim a variedade das familias hoje em dia é enorme, acho que já não há padrões, porque cada caso é um caso.  Em todos os casos podem haver bons exemplos ou não.

O que mais confusão me faz são os casos dos divorciados que dividem o tempo dos filhos.  Isto é, o caso dos filhos estarem uma semana em casa de um dos pais e outra na casa do outro.  Como vão crescer essas crianças?

A minha dúvida e espanto é a situação das crianças estarem entre os dois pais entre duas casas.   O que será, que tipo de pessoas vão se desenvolver com este estilo de vida?

Não estou a criticar nem acho bem, é uma situação tão diferente que não sei o que hei-de achar dela.  À partida parece-me dificil para as crianças, mas na verdade talvez a nível de auto-estima se forem bem tratados nas duas casas seja melhor para elas.  Pais existentes mas ausentes é terrível para o crescimento, a indiferença é pior.

Quando os pais se divorciam, os filhos neste regime de partilha, dão espaço para os pais conhecerem e namorarem  como se fossem solteiros sem responsabilidades. Na semana que não têm filhos fazem vida de solteiros e nas outras semanas fazem vida de pais.

Por um lado a criança cresce a saber que os pais os dois não quiseram abdicar de os ver crescer e estar por perto, mas a traquilidade do seu espaço, os seus hábitos, a criança tem direito a isso, não?

Os casos são imensos e toda a agente conhece, mas faz-me muita confusão quando os vejo de mala à sexta feira, ou na segunda. 

Faz-me confusão ver que se nota quando estão na casa de um dos pais, nota-se por vezes a diferença no estado de espirito nos estudos etc.

Também faz-me confusão quando nessas casas pelo menos um dos pais já constitui outra familia já tem filhos que não andam a mudar de casa.  O que será que sentem? Não existe uma continuidade para eles mas para os filhos novos do pai ou da mãe existe.  Acho difícil que seja saudável para uma criança ter que crescer assim.

Quando são maiores sei de um caso que 3 dias está numa casa 2 está na outra e ao fim de semana vai variando.  Tem tudo a dobrar nas duas casas para não andar com as coisas atrás.

Por um lado é lindo os pais não quererem abdicar daquele filho ou filhos mas será justo para a criança?
Quem serão os mais egoistas?  Os pais que abdicam de estar sempre com o filho para ele ter mais estabilidade? Ou os pais que preferem os dividir num regime de duas casas?

Não consigo ter uma opinião formada sobre o assunto mas inquieta-me ver a diversidade de situações e o efeito que tem nas crianças e o que daí pode vir para eles no futuro.

Como serão estas pessoas quando estiverem só numa casa a viver sózinhos ou a constituir familia.  Será que uma criança que viveu em duas casas se habitua a viver só numa casa quando crescer? Vai conseguir estar quieta, tranquila?


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