A sensação do desconhecido
Crescer é descobrir o desconhecido, (apoiados pelos pais ou não) crescer é uma aventura.
Em adulto muitas vezes desiludimo-nos, porque pensávamos que os adultos eram mais competentes, mais responsáveis e todos os nossos sonhos muitas vezes não se realizam.
Após as desilusões iniciais os adultos novos e os adultos mais velhos adaptam-se e todos acabam por encontrar o seu papel na sociedade (quase todos pelo menos).
Com a crise as estruturas que nós ainda achávamos que era competentes ameaçam desmoronar-se.
A União Europeia e os bancos que julgava-mos os lugares mais seguros, correm riscos de se desmembrar.
Quando nomearam Victor Constâncio para o BCE perdi a esperança na competência das estruturas europeias, um homem que foi governador do Banco de Portugal e não fiscalizou nada, era no minimo demitido ou demitia-se por ter falhado a sua missão de fiscalizador.
Os bancos só podiam trabalhar em Portugal se o Banco de Portugal os aprova-se e passassem nas fiscalizações do Banco de Portugal. Os portugueses depositavam o dinheiro nos bancos porque sabiam que o Banco de Portugal garantia que estes funcionavam como deve ser. Quando se vê que o BPN foi o buraco que foi e o estado o Nacionalizou e nós todos temos que andar a pagar esse buraco, o minimo é que o Governador do supervisor seja demitido ou se demita.
Não foi o que aconteceu. Constâncio ainda foi premiado, foi nomeado para o BCE. Fantástico.
Na União Europeia quando a Alemanha e França começaram a unir-se e Inglaterra começou com as suas exigências começou a minha desilusão.
Em Portugal o desemprego vem sempre a aumentar, Sócrates prometeu empregos e começou o desemprego a aumentar e como já sabemos agora já vamos mais ou menos em 19%.
É preciso demitir ou restruturar a função pública que é um dos problemas da despesa, mas falta coragem e isso continua a arrastar-se.
A crise é enorme e portanto o futuro é completamente desconhecido. Já não há pais que ajudem a avançar para o futuro com alguma orientação e portanto vamos ver o que nos espera.
Os jovens de 20 anos estão num impasse, estão em dois futuros desconhecidos, o normal de crescer e o desconhecido por os pais não saberem o que será melhor para eles.
Os adultos a insegurança é constante, mesmo aqueles que ainda têm emprego estavam com algum descanso de ter economias de lado para o caso de serem despedidos, agora também têm medo que lhes tirem parte dessas poupanças.
Os reformados que achavam que agora podiam estar tranquilos o mundo deles agitou-se e sentem-se completamente desmoralizados.
No mundo os conflitos são imensos e vivemos um tempo muito agitado. O que dizer âs crianças que nos vêem preocupados? O que fazer para que as crianças mantenham os seus anos de sonhos e ao mesmo tempo prepará-los?
E agora? Quando o responsável de duplicar a despesa do nosso país volta passado 2 anos a querer ser considerado o herói. Acho que a crise é ainda maior.
Assim a única coisa que temos que ter é esperança que o desconhecido seja melhor ou pelo menos suave sem momentos negros como a história nos conta que podem acontecer, em momentos como estes.
Temos que procurar seguir com a vida com calma, procurar distrair da angústia transmitida pelos telejornais.
É preciso encontrar distrações para conseguir-mos encontrar calma e serenidade.
Haja esperança !