quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O que nos leva a desconfiar?


Muita sabedoria?
  
Muita insegurança?

Uma defesa?

Será saudável, até que ponto?

O que seria se as  pessoas não fossem tão desconfiadas?

Julgar os outros tem muito que se diga!  Por vez acertamos outras não.  Existem pessoas que têm mais jeito para captar a informação necessária para perceber se devemos confiar ou não.

O que faz uns terem mais capacidade que outros para tornar a desconfiança num defeito ou num benefício?

No fundo o desconfiar tem um pouco de instinto misturado com o nosso conhecimento e o julgamento que fazemos da situação ou da pessoa.

Gato escaldado....

Desconfiar ou julgar (d)o outro?  Desconfiar implica um julgamento do outro ou da situação, com as nossas emoções de experiências passadas e com o conhecimento adquirido temos uma reação que leva a desconfiar ou a confiar.

Muitas vezes existem conflitos que surgem ou aumentam por uma desconfiança, por um julgamento errado da situação.

Muitas vezes também negócios não se fazem por falta de confiança ou desconfiança do outro lado do negócio.  Veja-se o negócio da TAP, será que foi desconfiança com fundamento ou não?  Foi um mal entendido de que lado?  Ou foi só uma desculpa?  Até nós desconfiamos do que aconteceu,

Um dos fundamentos para existirem as garantias bancárias é para dar mais confiança a quem está a fazer negócios.  Alguém responde pelo negócio, existe alguém em quem se pode confiar que garante que não é preciso desconfiar.

Até que ponto é normal o desconfiar?

O conflito de Israel versus Palestina tem muito de desconfiança.  Ninguém confia em ninguém.  A palavra dada já foi muitas vezes alterada e deixou de ter grande valor.

A confiança é um bem precioso e a palavra dada por vezes é quebrada, daí ser difícil haver confiança.

Muita gente conseguiu sucesso no que fez por conseguir manter a palavra dada e assim ganhar credibilidade .
A forma descontraída fomentada pelos tempos que vivemos leva muitas vezes às pessoas desvalorizarem a honra da palavra dada e isso gera mais desconfiança.

Os políticos são exemplo disso.

Os pais do nosso tempo são exemplo disso.  Quantas vezes com a desculpa que as condições mudaram não cumprem com o que prometeram e os filhos deixam de acreditar tanto nos pais.  Não estou a falar da crise, mas sim no egoismo de achar que se não lhe apetece já não tem que cumprir com o que prometeu, A tendência de se auto-desculparem para não cumprir com o acordado. 

A desconfiança gera desconfiança.

Uma das razões que o compromisso do casamento teve sucesso ao longo dos tempos, é que gera confiança entre os parceiros.  Se  as pessoas deram-se ao trabalho de levarem até ao casamento é porque em principio (há sempre exceções) gostam de verdade.  Enquanto que só se juntarem, irem viver juntos dá sempre a ideia que não gostam suficiente para se comprometerem de verdade.

Havendo a dúvida que o parceiro não se casou porque não está suficientemente confiante no gostar gera insegurança, desconfiança na relação e pelo menos um dos parceiros vai sofrer com a relação e até criar momentos mais fraturantes com mais facilidade.

Muitos dos que não chegam a casar são filhos de pais que não cumpriram com o acordado, e geraram filhos desconfiados do compromisso com o outro.

A confiança gera confiança.

Muitas vezes os bancos emprestam mais porque têm confiança no cliente a quem emprestam.

Claro que depois temos casos completamente anormais como é o caso do BPN ou outra situação diferente como o  Berardo.

Muitas fortunas fizeram-se na história com base na honra da palavra e o compromisso de cumprir o prometido.  A confiança gera confiança.

Talvez fosse importante que os pais dessem o exemplo em não mentir para os filhos não os copiarem e mostrassem que a palavra dada é um bem precioso.

As crianças do nosso país precisam de saber que a palavra tem peso e que a palavra dada leva ao gesto correspondente.  Voltar a dar valor à honra de cumprir os compromissos é muito importante.

Talvez a confiança seja um dos valores mais importantes que falta no povo português tanto a confiança em si próprio como também mostrar que é de confiança.

Para mim foi preocupante alguns partidos e deputados defenderem o não pagamento da divida.  Como é possível alguém que representa alguém poder dizer que não quer cumprir um compromisso que foi acordado pouco tempo antes.

Como se pode transmitir que um país que assina um contrato pode ser rasgado a seguir?  Quem vai acreditar naquela nação a seguir. 

Quem é mais confiante gera mais credibilidade.

Os otimistas são normalmente menos desconfiados.

Qual a relação entre pessimismo e desconfiar, uma coisa leva muitas vezes à outra e torna-se um circulo vicioso.

Desconfiar ou Confiar eis a questão!

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4 comentários:

Anônimo disse...

Eu desconfio da maior parte das pessoas, quando confio em alguém desconfio mais ainda dessa pessoa (ainda que secretamente) porque é mais fácil para ela dar-me razões para desconfiar.

P.S.-reli isto tudo e pareço uma sociopata completamente avariada LOL

Walter dos Santos disse...

Eu confio demais.... :)

W.

Unknown disse...

Tenho o condão de fazer a pergunta certa (ou prestar atenção Naquele pormenor) na hora errada. E, por regra, confirmo as minhas piores suspeitas.
Há dias em que gostava de ser mais cega... ou então confiar menos.

curtos instantes disse...

Confiança, a base de toda e qualquer relação.

curtosinstantes.blogspot.com