Será que ainda faz sentido avaliar um vinho pela região que é fabricado.
Cresci a aprender que os vinhos conforme as regiões tinham sabores, tonalidades, espessura e mais tanino ou não, o grau de alcool etc. Agora, é difícil, a variadade é imensa e as castas utilizadas já não quer dizer que sejam as normais da região.
Claro que é bom ver a evolução dos vinhos em Portugal e até dá gosto ver como conseguem obter prémios internacionais e experimentar sabores novos.
Hoje em dia, o grau de alcool é mais elevado e de repente pode-se dar com um vinho do Alentejo com um certo odor a baunilha ou a canela que faz uma certa aflição.
Será que não estamos a ir muito pelo sistema dos vinhos da Califórnia, tentar produzir de tudo.
Daqui a alguns anos esperemos que não tenhamos perdido o sabor dos nossos vinhos tradicionais de cada região e que não seja um Brasil ou Austrália a produzir com as nossas antigas castas, e nós com a ideia dos modernismos perdemos um valor que é muito nosso.
O nosso vinho é muito bom!
O que está a acontecer com o vinho português parece que é como a roupa interior das crianças que têm que ser cheia de bonecada senão pensam que as crianças não vão querer. No vinho agora os rótulos contam imenso e os sabores quanto mais complicados e leves melhor.
Por favor não esqueçam o sabor do vinho tradicional português que já era muito apreciado em todo o mundo. Produzam modernos mas não percam os sabores antigos de cada região.
Eu acho que devia haver uma produção tradicional e depois a outra para as modas.
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